Priscila Fantin fala sobre época com depressão: ” diziam que eu estava de frescura”

A atriz Priscila Fantin, conversou nesta terça-feira (11) com o psicólogo Lucas Veiga, o coordenador do programa Conexão VivaBem e psiquiatra, Jairo Bouer, sobre uma das doenças que mais atinge pessoas tanto no Brasil, quanto no mundo, à depressão.

A atriz que foi diagnosticada com a doença em 2008, conta sua experiência pessoal e como foi difícil passar por tudo sem muito apoio familiar e amoroso.

Além de Fantin, a live contou com psicólogo Lucas Veiga, trazendo não só sua bagagem profissional no tratamento da doença como também algumas dicas e toques para quem está passando por essa doença.

Priscila Fantin relata falta de apoio familiar

No programa virtual Conexão VivaBem que aconteceu nesta terça-feira (11), a atriz Priscila Fantin revelou que não teve muito apoio quando percebeu que não estava bem psicologicamente.

“Antes de eu entender que estava com depressão, o que eu mais escutava das pessoas próximas é que eu estava de frescura, que não tinha motivo para estar do jeito que eu estava, que eu tinha tudo, tinha saúde, casa, comida”.

Segundo conta a atriz, que foi diagnosticada com depressão em 2008, o relacionamento amoroso que tinha na época também não a ajudou. “Infelizmente entrei em um relacionamento que só piorou a condição, porque me afastou muito dos meus familiares, dos meus amigos e me colocava em um lugar pior. Era pior para a minha autoestima, me enfraquecia ao invés de me fortalecer”, relatou.

Atriz passou 10 anos fazendo acompanhamento

A atriz ainda contou que passou 10 anos fazendo acompanhamento com psicoterapia e tentando entender o que aconteceu, mas que a chegada de seu atual marido, Bruno Lopes, em sua vida, fez total diferença no tratamento.

“Eu aprendi a lidar com o meu estado, mas eu não estava ainda bem. Quando eu conheci o Bruno, ele teve um papel fundamental na paciência e no apoio de estar ao lado quando eu mais sentia dor, mais sentia necessidade.

A atriz Priscila Fantin e seu marido Bruno Lopes.
A atriz Priscila Fantin e seu marido Bruno Lopes. (Foto: Reprodução/ Instagram).

Muitas vezes a gente acha que a rede de apoio é dar colo, mas às vezes o colo faz com que a gente fique no mesmo lugar. Então, ele me deparava com a minha própria realidade, me mostrava as verdades, me ajudava a enfrentar os monstros internos. Isso foi fundamental para que eu realmente me conhecesse, conseguisse ter mais força interna”, desabafou Priscila Fantin.

Priscila Fantin conta como iniciou seu tratamento contra a doença

Durante a conversa com a atriz, o programa também contou com a participação do psicólogo Lucas Veiga, que relata que depressão pode ser melhor entendida ao colocar o ser humano como alguém que não se sustenta sozinho.

“A relação, não só com família, amigos, parceiros e colegas, mas com trabalho, cultura, arte é o que sustenta e o que dá um sentido à existência. Mas quando alguma dessas engrenagens falha —o que pode ser a perda de um emprego, de um relacionamento, a morte de alguém muito próximo, perdas materiais —, o indivíduo pode entrar em um quadro depressivo.”, conta o psicólogo.

A atriz Priscila Fantin durante programa Conexão VivaBem.
A atriz Priscila Fantin durante programa Conexão VivaBem. (Foto: Reprodução/ Google).

Priscila Fantin complementa a fala de Lucas Veiga, dizendo que foi exatamente o que fez. “Comecei a procurar o que me preenchia e o que condizia com o meu novo eu, então novas amizades, um trabalho que eu e Bruno fizemos juntos e criamos juntos, que é uma peça de teatro que tem um cunho social”.

Veiga acrescentou para finalizar, que o processo de cura é como encontrar a ponte que reconecte aquele indivíduo a uma nova estrutura. “Ela consegue, a partir da rede de apoio, de terapia, amigos, trabalho, enfim, aquilo que mobiliza o desejo dela, criar uma outra forma de estar no mundo, com outras engrenagens de sustentação. E isso é a saúde, isso é um estado de saúde, quando a gente consegue sustentar o nosso desejo”, finalizou sua fala.

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