Jackie Watanabe está em Mestre do Sabor

Mestre do Sabor conta com a participação da chef Jackie Watanabe, que mora em Ilhabela, litoral norte de São Paulo. A cozinheira de 31 anos atua há seis como chef, mas quando mais jovem chegou a trabalhar com algo bem diferente: moda, sua segunda paixão.

Jackie investe na mistura entre as gastronomias brasileira e japonesa. (Foto: Globo/Camila Maia)

Jackie Watanabe mistura as gastronomias brasileira e japonesa nos pratos em combinações inusitadas que surpreenderam os apresentadores e jurados em sua estreia. Em seu prato de entrada, além de mistura gastronomia usou a taioba, uma Panc (planta alimentícia não convencional) típica da gastronomia caiçara, do litoral do sudeste do Brasil.

No Time Kátia, ela não é a única a utilizar a gastronomia caiçara como referência, mas sua mistura de sabores japoneses e brasileiros é única entre os competidores da segunda temporada de Mestre do Sabor.

Influência do Brasil e Japão

“Nas festinhas eu cresci querendo comer coxinha, mas só tinha sushi, o que me tornou uma mistura da malagueta com o wasabi” conta Jackie Watanabe. Parte da família da chef é brasileira, outra parte é japonesa e ela leva a sério essa mistura.

Quando pôde se dedicar à gastronomia como sempre sonhou, decidiu se especializar nos preparos orientais, então foi para Tóquio, no Japão, fez um curso de cozinha para “conhecer sua origem” e quando voltou estagiou com Alex Atala, o que a reaproximou da gastronomia brasileira.

Hoje todos os pratos executados por Jackie tem um influência dos dois países, mesmo que de forma muito discreta. Não foi diferente com o prato que garantiu sua entrada na competição.

Jackie Watanabe fez Moda e Enfermagem

Em 2004 entrou no curso técnico de Enfermagem, que durou dois anos, mas não se encontrou profissionalmente. Seu sonho já era a cozinha, mas o curso de Gastronomia era muito caro, então tentou outra paixão: moda. Cursou Estilismo e Coordenação de Moda em 2009 e até atuou na loja de uma grife internacional, mas sua maior vocação tomou lugar alguns anos depois.

Em 2014, Jackie Watanabe foi para Tóquio aprender técnicas fundamentais da cozinha fria japonesa em aulas particulares. Quando voltou ao Brasil finalmente cursou Gastronomia e desde então cresce profissionalmente.

Dendê com wasabi garantiu entrada

Bem humorada, mas nervosa, Jackie apresentou moqueca de camarão, pirão de wasabi na folha de taioba e farofa de mandioca com milho para tentar a aprovação dos chefs. Os jurados ficaram curiosos com o prato e foram unanimes ao se encantarem pelo sabor, mas só Kátia Barbosa apertou o botão verde.

Moqueca de camarão foi o prato escolhido para tentar uma vaga no Mestre do Sabor. (Foto: Globo/Samuel Kobayashi)

Kátia chegou a imaginar que Jackie Watanabe era do norte do Brasil. “Quem podia imaginar que por trás daquele prato tinha uma descendente de japoneses”, comentou a jurada sobre a candidata que ocupou a última vaga em seu time. No time também estão Júnior Marinho, Arthur Pendragon, Mari Schurt, Francisco Pinheiro e Dário Costa.

Gastronomia Caiçara no Mestre do Sabor

Jackie Watanabe não é foi a única a usar taioba no prato de entrada no programa. Outro participante a usar a planta alimentícia não convencional foi Dário Costa.

Marisco lambe lambe também é típico da gastronomia caiçara. (Foto: reprodução/Wikipedia)

Ambos dividem uma essência pouco conhecida da cozinha brasileira: a gastronomia caiçara. Essa cozinha consiste na otimização e preparo de frutos do mar e ingredientes encontrados no litoral do Brasil, entre Paraná e Rio de Janeiro.

Alguns dos pratos típicos da culinária caiçara são risoto de frutos do mar, moqueca caiçara, caldeirada e azul marinho. Os pratos são originários de comunidades caiçaras, que vivem em trechos específicos do litoral do sudeste.

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